segunda-feira, 15 de março de 2010

Reminiscência III



A tarde passou-se entre pequenas provocações de parte a parte e olhares de cumplicidade, imediatamente detectados pela minha ex – vou chamar-lhe Maria - . Ela tinha uma capacidade de apanhar as coisas no ar como eu raramente ví. Estimo-a e respeito-a como ela é, mas tenho saudades do que ela era. Talvez hoje não fosse a minha Ex... Adiante. A certa altura disse-me:

- Vocês estão muito animados, a manhã deve ter sido interessante…

Ela conhecia-me tão bem como eu a ela. Nenhum de nós era santo portanto não me dei ao trabalho de lhe deitar areia para os olhos.

Acabámos por voltar ao parque e começou a habitual divisão de tarefas. Eu fui acender o lume, Joana quis ficar a temperar a carne o que fez com que Marco e Maria fossem primeiro tomar banho. Mais tarde iríamos nós e eles fariam o que faltava. Era normalmente assim quando não íamos jantar a qualquer lado.

Ficámos concentrados nas nossas tarefas até que eles vieram e logo fomos informados de que no balneário dos homens já não havia água quente. Era normal, a partir de uma certa hora. Paciência, logo se vê…

Fizemos o caminho até aos balneários quase sem nos olharmos. Como era tarde e já não havia quase ninguém decidi ir ao balneário das senhoras. Não estava lá ninguém; Óptimo. Entrei numa cabine, despi-me e fui para debaixo do chuveiro. A certa altura bateram-me à porta. Pensei que fosse a empregada da limpeza que, tendo-me visto entrar vinha-me dar um raspanete… Já não era a primeira vez. Era Joana.

- Importas-te que tome banho aí? Não está ninguém e eu não gosto disto tão deserto…

Entrou e começou a despir-se. Eu pensei: - Já que vai dar bronca mais cedo ou mais tarde, que seja mais cedo. A “visita” dela também não era inocente.

- Já que cá estás, ensaboa-me as costas que eu depois faço-te o mesmo. Ela anuiu.

Começou a ensaboar-me com o mesmo espírito com que eu lhe tinha posto o creme na praia, mas menos subtil, tipo massagem. Escusado será descrever o efeito que isso teve em mim. Ela tinha uns seios volumosos que de vez em quando roçavam nas minhas costas e me punham doido. Quando me virei para ela, olhou para o meu sexo e sorriu. Tinha conseguido o efeito pretendido. Espalhei-lhe a espuma nas costas um bocadinho à pressa e não consegui evitar agarrá-la pelos seios. Encostei-me a ela e tive pela primeira vez a sensação do meu pénis encostado ao seu rabo. Dei o jeitinho certo e ele foi alojar-se no meio das pernas dela que já estava completamente encostada a mim. Ficámos a “ondular” durante uns segundos. Não sou um adepto fanático da “rapidinha” mas estava farto dos preliminares durante o dia todo. Pelos vistos ela também uma vez que se debruçou contra a parede espetando o rabo, deixando-se penetrar quase que de rompante. Soltou um gemido baixo mas profundo. Desejava aquilo tanto quanto eu.

Lembro-me como se fosse hoje do cabelo avermelhado e ondulado, a pele sardenta, as ancas gulosas entre as minhas mãos a bambolear ao meu ritmo à medida que a puxava para mim cada vez com mais força, com a água a cair-nos em cima. Ao contrário do que é habitual não me aguentei e vim-me rapidamente e sem esperar por ninguém, depositando nela de uma forma violenta, as “emoções” acumuladas ao longo do dia.

Quando os espasmos terminaram virou-se para mim, olhou-me nos olhos e beijou-me. Era a primeira vez que nos olhávamos desde que aquilo tinha começado e nunca nos tínhamos beijado. Foi um beijo quente, cheio de luxúria com as línguas à procura uma da outra, enquanto me empurrava na direcção da parede que me ficava atrás.

Chegados lá beijou-me o peito, ajoelhou-se, beijou-me o ventre e engoliu meigamente o soldado cansado da batalha mas ainda em sentido embora já a custo.

Ainda hoje acho que há poucos soldados que a boca de uma mulher motivada não consiga moralizar para nova batalha. Ao fim de poucos minutos daquela mamada maravilhosa parecia que tinha acabado de chegar.

Puxei-a para cima, encostei-a á parede, levantei-lhe uma perna que depositei no meu ombro e tornei a penetrá-la agora olhos nos olhos. O Olhar dela espelhava a tesão que a invadia e ao fim de pouco tempo viemo-nos em simultâneo.

Naquele momento, o silêncio que nunca tinha deixado de reinar naquela cabine de duche de parque de campismo invadiu-me por completo. Só se ouvia a água a cair no chão, levando pelo ralo as provas do sucedido. Não trocámos uma palavra e mal nos olhámos até chegarmos ao pé dos outros. Alguém disse:

- Porra pá! Quase meia-hora para tomar banho…

10 comentários:

Stargazer disse...

Que delícia de reminiscência...palavras para quê?

Perdi-me nas tuas palavras, voei até esse local...fui observadora, protaginista, sou leitora...

Beijo-te á espera de mais, muito mais

Lolita disse...

O meu preferido!! Dos 3, este foi o meu preferido!
Nem tanto pelo acontecimento, mas mais pelo texto sublimemente escrito e pela abundância de metáforas tão excepcionalmente utilizadas!!
Ok, sossega... também pelo tesão induzido!!! hehehe
Olha lá, e esse soldadinho... ainda é assim um guerreiro destemido??? looooool
Beijos

Stargazer disse...

Lolita,

Essa tua tirada do Soldado está BRILHANTE!

E reparo agora que com tanto sabor a sexo me enganei na ortografia, ficando assim meio disléxica...trocando o acento no "à" e querendo protaginizar...ai, ai ai, protagonizar.

Beijos, com protagonismo!

Lolita disse...

Uma vez que Sua Magestade não se digna a dizer nada, ficamos apenas, e por enquanto, com um dueto feminino...

Stargazer:
Obrigada pelo coment!!
E lá teremos que ficar aguardar que este gajo nos satisfaça... a curiosidade!!! hehehe

DoisaboresEle disse...

Um texto muito quente...
Ao ler-te foi como se tivesse a assistir a tudo...
Boas reminiscências...lol
Espero que esteja tudo bem ctg...
Beijossss

Stargazer disse...

É isso mesmo Lolita...ele anda um bocado "hit & run"...vá-se lá saber porquê. Toca e quando nos viramos para saborear o seu toque, já era...

Bom, pelo menos é coerente com a essência de alguns répteis, rápidos, esguios e fugidios...

Beijo,

Bianca disse...

Começo o comentário pelo fim, desejei um “continua…” mas infelizmente não constou.
Memórias, fico a flutuar nelas, nas tuas, nas minhas, todos temos histórias mais ou menos escarpadas e puramente deliciosas.
Continuação de entregas voluptuosas!
Beijo

Lalisca disse...

Para ler e reler, em jeito de recordãção húmida...não sei...mas o texto, o som o ambiente deixaram "reminescente".



beijos

Marrie disse...

O homem das mil aventuras!!! rs
bjs

Anónimo disse...

Bom banho...voei e desejei lá estar!
Beijo