sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Desculpem o desabafo



Hoje vou abrir aqui uma excepção e falar de futebol... ou não...


Do que vou falar é da falta de coerência e nalguns casos, de coluna vertebral que é um tema que mexe comigo:


Diz o Prof. Jesualdo Ferreira, treinador mediano, que nunca ganhou nada na sua longa carreira a não ser quando passou para o "Dark side of the force", qual "Dart Vader" da Guerra das Estrelas, estar preocupado com a provável diferença de tratamento entre o caso da simulação de Pablo Aimar e Lizandro Lopez. Em principio eu também.


Qualquer um deles simulou ter sofrido uma falta que resultou numa grande penalidade contra a equipa contrária. Deviam então sofrer o mesmo castigo, embora no caso do portista, esse penalti tenha servido para o fcp conseguir empatar um jogo que, provavelmente, teria perdido, e no caso do Benfica só ter servido para empolar um resultado que chegou a 6-1.


A Lei desportiva diferencia os resultados das infrações, tendo em atenção as consequências, algo que acho errado. Roubar é sempre roubar, seja um Euro ou um milhão.


No entanto, já que estamos em fase de honestidades, não seria útil lembrar ao ilustre treinador que, a ser assim, ele teria no ano passado disputado a Liga Vitalis? É que a diferença entre a corrupção activa que levou o Boavista para a referida liga e a que determinou a suspensão do seu amado "Imperador", foi o facto de não se ter provado o respectivo favorecimento, portanto, as consequências do acto.


Não sei se ele teve esta ideia sozinho, tendo-se esquecido de perguntar ao "dono" se podia, ou se, por outro lado, teria sido um frete encomendado à única pessoa que ainda consegue falar sobre estes assuntos ao contrário dos dirigentes do clube onde trabalha e cuja "honestidade" é sobejamente conhecida.


Ou há moralidade ou comem todos. Eu prefiro que haja moralidade, mas...


Uma coisa que eu defendo é a liberdade de escolha...








quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A sério...?


No passado fim-de-semana, numa das minhas deambulações pela "Feira da Ladra" encontrei esta "pérola" da qual irei partilhando alguns trechos.


Só para não ser acusado de não ter aqui uma vertente cultural:



"Nunca se esqueçam daquilo a que se arriscam, acasalando-se, um homem e uma mulher que não estão casados um com o outro: Gerar monstros, abreviar as suas vidas para metade, serem atingidos de surdez e cegueira, perderem os cabelos, tornarem-se os receptáculos das piores doenças da nossa época e, sobretudo, de verem fechar-se definitivamente para eles as portas do Paraíso."


Abade NIOLET, Sermons aux jeunes epoux (Edição de 1902)



Já podias ter dito, pá!! E agora?





quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Só para não haver...


A desculpa com a ignorância...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Organizemo-nos...

Lendo os comentários ao post anterior, chego à conclusão de que houve muita gente que percebeu o que eu queria dizer ao contrário pelo que urge fazer o esclarecimento:

A chamada "crise dos quarenta", para mim, foi e continua a ser, algo de muito positivo. É a ruptura com o marasmo instalado durante aquilo a que chamei "a segunda idade do armário" (os anos trinta).

Para que conste: Não, não me deprime minimamente. Pelo contrário. Não me sinto velho, pelo contrário e, cereja no topo do bolo, Não sinto que a minha vida sexual seja uma merda. Pelo contrário. É bem mais interessante do que era há dez anos atrás.

Respondendo publicamente ao comentário da Lolita, eu devo fazer parte dos 35%. :)

Fiquem bem

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Vou fazer uma data de amizades com isto...

Há dois pensamentos que nos assaltam quando chegamos aos quarenta:

Cheguei a uma fase da minha vida em que tenho de cuidar da herança que deixo para a posteridade (não prosteridade, que pelo nome deve ter a ver com o estado da próstata quando um gajo bate a bota), a educação dos filhos, a saúde financeira da familia, enfim... aquelas coisas em que os ditos se estão positivamente cagando quando um gajo vai fazer tijolo. Dão isso como um dado adquirido e "vamos lá mas é derreter a herança enquanto está quentinha".

Por outro lado há outro a que costumam chamar "A crise dos quarenta" que tem a ver com isto: Cheguei ao meio da minha vida útil. Os primeiros vinte não serviram para nada de especial a não ser para chegar á conclusão de que uma foda é bem melhor que uma punheta, mais que não seja por causa do convivio, os segundos, acabei de os desperdiçar com a mania que tinha a vida toda pela frente, e quanto aos próximos vinte... São os últimos que me restam antes de ficar a "fazer tempo" .

Tirando o melhor proveito possível dos ensinamentos recolhidos durante "os anos de desperdicio", alguns deles já com tendência para cair no esquecimento (e que capital que isso representa...), resolve-se fazer dos últimos vinte "os primeiros do resto da nosa vida". Passados os anos vinte, a "crise existencial", os trinta, a "segunda idade do armário", resta-nos armar do capital acumulado e fazer dos seguintes o melhor que pudermos.

Era isto que queria dizer no post anterior. Se lhe chamarem "A crise dos quarenta", viva a crise!!
PS: Como não sou um gajo sexista, assumo que com as quarentonas se passa a mesma coisa, só que por vezes estão ao lado de gajos no primeiro paradigma, mesmo assim muito em vantagem para aquelas que ainda estão para conhecer o amor... Porque afinal ainda têm a vida pela frente...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Reflexões...

Costumo dizer que há dois tipos de "quarentões":

Os que não pararam o seu processo e foram evoluindo.

E os maridos das "amigas" deles...

Será verdade?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Hoje não me apetece escrever...

Vim cá só para mudar a música.

(Já agora: As imagens não são da minha responsabilidade, nomeadamente as capas erradas)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os Maleficios do Alcool

Prólogo:
P era uma pessoa daquelas que tinha conhecido na praia sem saber como. Fisicamente não estava bem nem mal, embora desse a ideia de que algures na vida tinha andado a correr atrás de alguém e lhe tinham fechado uma porta na cara... adiante que isso para mim nem tem essa importância toda. O problema dela era outro: Era estúpida como a puta que a pariu, tanto que se achava o máximo. A mim fazia-me "tocar o sino" mais ou menos na mesma proporção que um cobrador da "Carris" daqueles à antiga, de bigode e alicate na mão.
Um dia, estava eu a regar (coisa para a qual o meu Pai tinha que se "atravessar" com um balurdio), passa sua Exa. e pergunta-me se eu não a queria levar a casa com o olhar languido comparável ao do referido profissional atrás mencionado. Fui buscar a chave do carro e lá fui prestar o serviço. Empenhei-me tanto que desceu a rua dela de cabeçade fora a gritar por socorro... Enfim, uma linda história de amor. Para terminar a descrição e se poder ter uma ideia da personagem, era conhecida pela carinhosa alcunha de "antibiótico"...
Cena #1
Acordei a pensar quem tinha aceso a luz. Odeio que me façam essa merda quando estou a dormir. Ainda por cima havia uma data de gente a olhar para mim. Não conhecia ninguém e estava com uma dôr de costas que não lembra a ninguém.
Estava deitado de costas na escadaria da Igreja. A malta à minha volta era aquele grupo que se costuma reunir por lá aos Domingos para gargarejar e comparar os fatinhos. Eu estava com uma ressaca que parecia ter sido atropelado pelo autocarro do gajo da cena acima, braguilha aberta... o botão também, na verdade... ainda bem que era puto e ainda usava cuecas.
Finalmente, para mal dos meus pecados, alguém conhecido: A prima Armanda. Um cromo com oitenta e tal anos, prima do meu Avô, preconceituosa como a puta que a pariu... Um espectáculo.
Rapei o tacho à procura de uns restos de dignidade, levantei-me, compuz-me e fui andando que se fazia tarde.
Cena #2
Esplanada de um dos cafés mais conhecidos do sitio, na companhia do meu amigo "A" que me dizia:
"Tu estavas um espectáculo. Eram quase 3 da manhã e tu a tocar guitarra nos bancos da igreja, blá, blá....."
Enquanto ele me dava na tola passa a personagem descrita no principio que, ao invés de fazer de conta que não me viu, costume desde a cena do carro, fez um valente sorriso que não entendi.
"Aquela anda outra vez armada em parva..."
"Pudera!! Não te lembras da cena de ontem?"
"Só me lembro de irmos até à praia com a guitarra na mão e uma garrafa na outra... A partir daí... Passou-se alguma coisa?"
"Deste-lhe um "fodão" num banco do jardim da Igreja, foi o que se passou!!"
"Puta que pariu..."

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Reflexões...


Cada maluco tem a sua mania. Uns pescam (não me chateia estar com algo fálico na mão mas não precisa de ser tão grande e fino...), outros vêem bola, enfim...


Eu sou fascinado pelo ser humano.


Gosto de conhecer as pessoas, e até acho que não me saio mal de todo.


Quando falo em conhecer refiro-me a um nível que por vezes é quase desconhecido dos próprios (as). Cada pessoa revela-se a cada passo uma nova página, uma nova surpresa (Se não adormecesse a ler certas merdas ainda ia para Psicologia). Quando penso que alguém perdeu a capacidade de me surpreender eis que a vida se encarrega de me mostrar o quanto desatento estava para pensar uma alarvidade dessas.


Até porque conhecer alguém a determinado nível implica um tipo de interacção em que, por vezes, as surpresas nos afectam directamente.


Não me refiro a nada em especial. Umas vezes são surpresas más, outras boas. Ultimamente não têm sido grande merda, mas assumo que é só uma fase.


Considero cada ser humano uma unidade mutável do Universo pelo que, se calhar, é estupido dizermos que conhecemos alguém de uma forma definitiva.


De uma coisa tenho cada vez mais a certeza: Ficamos desactualizados a partir do momento em que achamos que conhecemos alguém. A capacidade de me surpreender é a que mais me fascina em cada pessoa. Daí resultam gratas sensações e algumas cicatrizes, mas a isso chama-se viver. Não o quero fazer de outra maneira.


Não vinha aqui há imenso tempo e agora venho armado em sério... Prometo para a próxima uma "conversa de ir ao cú"... Ou a outro lado qualquer...