segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Os Maleficios do Alcool

Prólogo:
P era uma pessoa daquelas que tinha conhecido na praia sem saber como. Fisicamente não estava bem nem mal, embora desse a ideia de que algures na vida tinha andado a correr atrás de alguém e lhe tinham fechado uma porta na cara... adiante que isso para mim nem tem essa importância toda. O problema dela era outro: Era estúpida como a puta que a pariu, tanto que se achava o máximo. A mim fazia-me "tocar o sino" mais ou menos na mesma proporção que um cobrador da "Carris" daqueles à antiga, de bigode e alicate na mão.
Um dia, estava eu a regar (coisa para a qual o meu Pai tinha que se "atravessar" com um balurdio), passa sua Exa. e pergunta-me se eu não a queria levar a casa com o olhar languido comparável ao do referido profissional atrás mencionado. Fui buscar a chave do carro e lá fui prestar o serviço. Empenhei-me tanto que desceu a rua dela de cabeçade fora a gritar por socorro... Enfim, uma linda história de amor. Para terminar a descrição e se poder ter uma ideia da personagem, era conhecida pela carinhosa alcunha de "antibiótico"...
Cena #1
Acordei a pensar quem tinha aceso a luz. Odeio que me façam essa merda quando estou a dormir. Ainda por cima havia uma data de gente a olhar para mim. Não conhecia ninguém e estava com uma dôr de costas que não lembra a ninguém.
Estava deitado de costas na escadaria da Igreja. A malta à minha volta era aquele grupo que se costuma reunir por lá aos Domingos para gargarejar e comparar os fatinhos. Eu estava com uma ressaca que parecia ter sido atropelado pelo autocarro do gajo da cena acima, braguilha aberta... o botão também, na verdade... ainda bem que era puto e ainda usava cuecas.
Finalmente, para mal dos meus pecados, alguém conhecido: A prima Armanda. Um cromo com oitenta e tal anos, prima do meu Avô, preconceituosa como a puta que a pariu... Um espectáculo.
Rapei o tacho à procura de uns restos de dignidade, levantei-me, compuz-me e fui andando que se fazia tarde.
Cena #2
Esplanada de um dos cafés mais conhecidos do sitio, na companhia do meu amigo "A" que me dizia:
"Tu estavas um espectáculo. Eram quase 3 da manhã e tu a tocar guitarra nos bancos da igreja, blá, blá....."
Enquanto ele me dava na tola passa a personagem descrita no principio que, ao invés de fazer de conta que não me viu, costume desde a cena do carro, fez um valente sorriso que não entendi.
"Aquela anda outra vez armada em parva..."
"Pudera!! Não te lembras da cena de ontem?"
"Só me lembro de irmos até à praia com a guitarra na mão e uma garrafa na outra... A partir daí... Passou-se alguma coisa?"
"Deste-lhe um "fodão" num banco do jardim da Igreja, foi o que se passou!!"
"Puta que pariu..."

6 comentários:

Anónimo disse...

LOL

Quem diria que o alcool tem efeitos destes... mesmo em ti!

Jocas

N

JCA disse...

ainda bem que quando vou para os copos tento ter sempre companhia que não me deixe fazer, muitos, disparates.

também tenho uma viola... há-de servir para alguma coisa, na loucura até que comprei cordas novas para a dita... agora só falta alguém para tocar na dita sem assustar a plateia e arredores lol

Salomé Mello disse...

Fodão...gostei do termo sim senhor!
beijo

Unknown disse...

bem vindo ao meu espaço :) gostei do teu tb . Beijos e força na verga . rsrsrsrsr

Moonlight disse...

Lagarto,

As coisas que o alcool consegue fazer....ou TU!!!!!
Gostei!Deu para eu rir!!!Principalmente saber que agora já não "as"usas!!!!!Loool

Bjinho com luar

Vontade de disse...

Bem... bateu-te forte.