segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bia 3


Quando se faz campismo selvagem sabe-se que a hora de montar a tenda é já de noite. A noite no areal é um manto protector que tudo envolve (desde que não haja luar).


Regressámos com o céu completamente tapado, e uma trovoada ao longe.


Entrámos na tenda e acomodámo-nos, embora dormir fosse naquele momento a última coisa que me passava pela cabeça. No entanto não é meu feitio “ir com muita sede ao pote”. Durante o jantar tínhamo-nos comportado como dois bons amigos e eu não tinha a certeza do que ia acontecer. Ou então estava armado em sonso, não me lembro.


Bia tinha-se virado de costas e parecia estar a dormir. Eu aproveitei para a acariciar suavemente ao longo do corpo. Ela era o tipo de pessoa ao pé de quem as minhas mãos ganham vida própria. Encostei-me um pouco a ela na perspectiva de lhe passar os lábios no pescoço exposto. Nesse preciso momento voltou-se e beijou-me. Um beijo terno mas lascivo que me envolveu. Ficámos a “namorar” por um bocado com a “tensão” a aumentar gradualmente.


A recordação do que aconteceu depois ofusca um pouco as memórias desta parte.


A trovoada tinha-se aproximado rapidamente e a luz dos relâmpagos começava a ser evidente. No entanto não chovia, parecia uma trovoada seca. Abrimos a tenda e ficámos a ver. Os meus lábios começaram a percorrer a zona do seu pescoço e ombros, a minha língua desceu pela coluna até ao “fundo das costas” que já ondulava.

A minha mão penetrou pelo espaço entre as pernas e acariciou-lhe a vulva por um bocado, aumentando a “ondulação”.


A trovoada estava cada vez mais perto. O espectáculo dos raios a cair na Serra da Arrábida (pára-raios do Outão) era hipnótico. Bia olhou para mim por um momento…


- Vamos lá para fora!


Saí da tenda e deitei-me na areia. Bia foi com a boca directamente ao sítio certo. O ambiente parecia tê-la soltado. Ou então era pressão acumulada. A sua boca absorvia em si o meu membro erecto e desejoso dela. Foi maravilhoso mas curto, porque logo de seguida “montou-me” fazendo-se penetrar. Lembro-me perfeitamente da sua expressão de prazer iluminada pela luz provocada pela tempestade.


Tudo isto estava a pôr-me doido. Ela subia e descia como que em transe. Não ousei mudar de posição. Tinha a sensação que se o fizesse ia “apanhar”.


A chuva começou-nos a cair em cima, primeiro em pequenas gotas misturando-se com o nosso suor e causando arrepios, e rapidamente com toda a intensidade.


O contacto da água fria, em vez de “acalmar”, excitou-nos. Bia ficou “doida”. Completamente encharcada fodia-me como se fosse a última coisa a fazer antes do dilúvio que nos arrastaria a ambos.


O dilúvio aconteceu, foi mútuo, mas não foi provocado pela chuva. Ficámos ambos estendidos na areia, a arfar de tamanha cavalgada, deixando que a chuva intensa que caía nos lavasse.


A trovoada passou pouco depois quase tão depressa como chegou. Ficámos na tenda, já secos a trocar carinhos até adormecermos.


No dia seguinte ficámos mais um pouco na praia e depois fizemos o caminho de volta. Enquanto caminhava lembrava-me da metamorfose operada pela trovoada naquela mulata carinhosa.


Encontrei a Bia com o Tomé no Verão seguinte, no sítio do costume. Eu estava com a minha namorada da altura. Eles tinham mudado de sitio vindo apenas de visita. Convidaram-nos para aparecer por lá. Quando me beijou em forma de despedida segredou-me:


- Vê lá se apareces mas sozinho!

4 comentários:

carpe vitam! disse...

ai, a Bia...

JCA disse...

isto de fazer campismo selvagem... tem destas coisas... tempestuosas éh éh...

Pearl disse...

Bia Bia sabes que gosto da Bia, foi bom recorda-la e para ti melhor ainda aposto;))


...mulatas...bem haveria tanto para sentir sobre elas!!



beijinho

Patrícia Villar disse...

Que boa recordação...