terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ele há dias...

Estou com vontade de apresentar uma queixa num lado qualquer.

Hoje aconteceu-me uma coisa... diferente. Engasguei-me. Não sei com o quê mas aconteceu. De um momento para o outro não conseguia parar de tossir. O ar não entrava, apenas saía. Comecei de facto a ver a coisa mal parada.

De repente acalmei. Parei de tossir. Senti-me muito mais calmo e relaxado. Já não estava engasgado, não estava a beber café... Estava em paz. Passaram-me pela cabeça pensamentos calmos... Estava bem...

Pensei que era a tal coisa da luz no fundo do túnel e fui andando. Até nem me estava a correr mal. A certa altura voltei para trás. Fiquei farto de não ver luz nenhuma. Absolutamente convencido que, no mínimo, algum engracadinho a levou para pendurar na árvore de Natal. Não há direito de se fazer uma merda destas.

Voltei... Estava um pouco baralhado. Uma parte de mim estava calma, apenas a precisar de um bocadinho para recuperar. A outra parte de mim olhava-me como se tivesse visto um fantasma. Disse que tinha visto a vida a desaparecer do meu olhar. Uma lágrima atrás de outra desciam-lhe pela face...

Gostava de encontrar o gajo que gamou a merda da luz. Não sei se lhe agradecia, se lhe partia a tromba.

A propósito: Faz hoje dez anos sobre a morte do meu Pai. Terá sido ele?

Amanhã vou lá passar. Se o conheço está no Algarve para a passagem de ano com a melhor gaja do talhão do cemitério.

Fazes-me falta...

Um bom ano para todos.

6 comentários:

gabrielle disse...

Adoro-te, sabias?

um beijo do tamanho do oceano

Anónimo disse...

Há gajos estúpidos, que mesmo ao pé da Luz gamam a luz... da próximo dá-lhe um sopapo no nariz, por mim... ;-)

Beijooooooo

Maria disse...

O Amor e a Morte

Canção cruel

Corpo de ânsia.
Eu sonhei que te prostrava,
E te enleava
Aos meus músculos!

Olhos de êxtase,
Eu sonhei que em vós bebia
Melancolia
De há séculos!

Boca sôfrega,
Rosa brava
Eu sonhei que te esfolhava
Pétala a pétala!

Seios rígidos,
Eu sonhei que vos mordia
Até que sentia
Vómitos!

Ventre de mármore,
Eu sonhei que te sugava,
E esgotava
Como a um cálice!

Pernas de estátua,
Eu sonhei que vos abria,
Na fantasia,
Como pórticos!

Pés de sílfide,
Eu sonhei que vos queimava
Na lava
Destas mãos ávidas!

Corpo de ânsia,
Flor de volúpia sem lei!
Não te apagues, sonho! mata-me
Como eu sonhei.

José Régio, in 'Poemas de Deus e do Diabo'

(in)confessada disse...

tupufu!


(bom ano p ti tb)

Patrícia Villar disse...

Rei...um excelente ano para ti!

Obrigada e beijinhos

Anónimo disse...

Estou com quarto anos de atraso em relação a este...(corte de energia)
só me ocorre dizer...ainda bem que a luz faltou...;))

Beijo*