terça-feira, 19 de outubro de 2010

Momento de Poesia - Poema da Marquesa

Cabeleira empoada, um corpo escultural,
uma tangara antiga, uma beleza ideal,
cedeu, após inútil e renhida defesa,
a ser minha uma noite a senhora marquesa.

Foi mesmo em seu leito acetinado,
onde ébria de amores, o corpo abandonado
à minha magistral e suave carícia,
esperava no olhar a máxima delícia.

Soou a meia noite em tom de minuete,
eu perdi a cabeça e num subtil minete,
pus toda a minha alma num litro de saliva

Abandonou-se toda ela ao princípio esquiva,
ao prazer sensual, ao prazer do deboche,
após uns momentos, papava-me de broche.

Conde como isto é bom dizia-me a marquesa
limpando-me o caralho a rendas de Veneza.

Olhando para ela, não pude resistir,
Um frouxo raio de lua punha cintilações entre o travesseiro e a fronha
fazendo rebrilhar um charco de langonha.

Marquesa, ainda que fora de moda,
vou brindá-la com uma heráldica foda.

Venha, disse-me e estendendo aquelas mãozinhas pequenas que eu outrora beijara, agarrou-me no mangalho e, de maneira fina,
introduziu-o todo na arquiducal vagina.

Uma foda, outra foda, outra foda ainda,
cavavam-se as olheiras na sua face linda,
desencabei, enfim, um pouco fatigado,
ela foi lavar-se no seu bidé doirado
e aspergindo de espuma a cona perfumada,
disse-me: - Conde, que astral penachada.

Olhei de novo para ela e achando-a tão bela,
não pude resistir a uma enrabadela.
Foi o ponto final daquele amor sublime.
Ao descer as escadas, a pensar nela vim-me,
encharcando de esporra meias e calções.
No meu palácio, fui lavar os colhões.
Mas pensando de novo naquele divã violeta,
chamei a sopeira para me bater uma punheta.

Tempos após, pálido e macilento,
sofria o Conde um grande esquentamento ...


apócrifo atribuído a JÚLIO DANTAS.

1 comentário:

dermatologistested disse...

deixo a minha contribuição erótico poética :)




Arreitada donzela em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,

Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachocho estreito.

De louro pêlo um círculo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branda crica nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito.

A voraz porra, as guelras encrespando,
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrando.

Como é inda boçal, perder os sentidos;
Porém vai com tal ânsia trabalhando,
Que os homens é que vêm a ser fodidos.


Manuel Maria Barbosa du Bocage