quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ai, as cabras...

Manhã tranqüila numa cidadezinha do sul das Minas Gerais (Arceburgo)


O padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de uns nove ou dez anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, ar angelical,  conduzindo umas seis ou sete cabras.


Era com esforço que a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las  caminhar.
O padre observava a cena. Começou a imaginar se aquilo não era um caso de exploração de trabalho infantil e foi conversar com a menina.


- Olá, minha jovem. Como é o seu nome?


- Rosineide, seu padre.


- O que é que você está fazendo com essas  cabras, Rosineide?


- É pro bode cobrir elas, seu padre. Tou levando elas lá pro sítio de seu João.


- Me diga uma coisa, Rosineide, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?


- Pode não, seu padre! Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um bode  mesmo!

quarta-feira, 4 de maio de 2011