sábado, 31 de julho de 2010

Algo muito menos "interessante"...

Tenho uma moradia para arrendar na Parede.

3 quartos (um pequeno)
2 salas
1wc
1 Garagem

São só €700 para viver no sitio onde se passaram algumas coisas que aqui conto ;)

Respostas para o mail do perfil

PS: Óbvio que tanbém tem cozinha...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Crónicas da "Fá" #2


Só ao começar a subir as escadas daquele prédio antigo na zona do “Príncipe Real” se dera conta do capítulo que tinha fechado na sua vida. Outro estava a iniciar-se. Não sabia nada sobre ele mas a expectativa fazia-a parecer uma adolescente.

Era a primeira vez que partilhava uma apartamento com alguém para além do Marco. Toda a vida tinha sido a “certinha” e, obviamente, saiu de casa dos Pais para a do marido. A virgindade? Perdera-a pouco tempo antes com o homem com quem se ia casar. Tudo certinho, politicamente correcto, exactamente como “os outros” achavam que as coisas na sua vida deviam acontecer. Estava na altura de romper com isso. Não tinha filhos, os Pais tinham falecido com menos de um ano de diferença, não tinha ninguém a quem se justificar a não ser a si própria. A sensação de vazio era suplantada pela de liberdade.

Encontrou Amélia com o jantar quase pronto. Teve tempo para arrumar a pouca bagagem que transportava e uma passagem rápida pelo duche. Na falta de um roupão enfiou uma t-shirt, uns boxers, e foi-se-lhe juntar. Encontrou-a na sala a pôr a mesa de uma forma cuidada.

- Ena! Temos festa?

- Temos. Desculpa o “cliché” mas hoje é o primeiro dia do resto da tua vida e tens de começar com estilo.

- É melhor mudar de roupa…

- Não podias estar melhor!

O jantar decorreu num misto de excitação e intimidade. Bebeu mais do que estava habituada e foi já com uma sensação de leveza que a conversa evoluiu para os seus planos futuros.

Na verdade não tinha grandes planos. O principal já acontecera. O resto viria naturalmente. Ainda não se tinha habituado à ideia de que estava por sua conta mas estava a fazê-lo rapidamente e, de cada vez que pensava no assunto, ele parecia mais interessante.

- A sério que não tens ninguém?

- Julgavas que tinha saído para ir ter com alguém? Errado.

- De há algum tempo a esta parte vejo-te mais cuidada… Diferente… Pensei que andasse alguma “ave de arribação” a fazer-te “o ninho”.

- Acho que é por começar a olhar para mim de outra forma, nada mais.

Será que não havia? Na verdade nem ela sabia.

- Isso agora não interessa nada. Temos que te dar um bocadinho de cor. Amanhã vamos à praia.

- Na verdade nem tenho fato de banho. Trouxe apenas “meia dúzia” de coisas e na pressa esqueci-me. Para além do mais, precisava de fazer a depilação…

- Aí está um belo programa para o serão!

Achava aquilo demasiada intimidade mas o sorriso dela não admitia uma nega. Pouco tempo depois deu por si a dizer:

- Acabei de sair de casa e já estou nua e de perna aberta…

Uma gargalhada meio nervosa meio ébria acabou por derrubar barreiras.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Crónicas da "Fá" #1


Passaram anos desde a última vez que sentira aquela paz.

O calor da noite contrastava com o frio do copo de gin tónico que suava na sua mão.

A noite trazia-lhe os ruídos do Bairro Alto até à água furtada onde se encontrava, a contemplar Lisboa. Continuava linda. Já quase não se lembrava e esse reviver só agudizava o estado de excitação em que se encontrava.

De repente parecia voltar a reviver os tempos em que fazia parte daquele ruído, parecia que o tempo não tinha passado, sentia-se viva. Tinha tentado dormir mas era impossível. Tudo parecia impossível. Apenas um olhar casual para o interior do quarto onde Amélia dormia lhe dizia que não estava a sonhar.

Dormia como uma criança, despida como a noite, de preconceitos, de culpa, como só dorme alguém que está em paz.

Amélia era uma colega de trabalho relativamente recente, mas com quem tinha desenvolvido uma relação de amizade. Conheceu-a no sítio onde toda a gente na empresa ia fumar. Era uma “miúda” desprendida, dez anos mais nova. A conversa sobre o “tempo” rapidamente evoluiu para uma intimidade crescente. Foi a única pessoa da empresa a quem conseguiu dizer que estava farta da sua vida, do casamento de faz de conta e que “um dia…” Recebeu como resposta: “Quando esse dia chegar liga-me que eu não me importava nada de ter alguém com quem dividir as “contas”. A sério, se o quiseres fazer não será por não teres para onde ir”.

Aquilo andou a martelar-lhe na cabeça e na véspera, sozinha na cama às quatro da manhã tomou a decisão. Fez de conta que estava a dormir quando ele chegou. A conversa ficaria para o dia seguinte. De manhã, ao chegar foi confirmar a “disponibilidade” . Recebeu como resposta um abraço e um sorriso que lhe deram força para o que tinha a fazer nesse dia.

À hora do almoço foi a casa buscar o essencial. Queria despir-se o mais possível da última dúzia de anos da sua vida. Resolveu o que tinha a resolver na mesa de um café ao fim da tarde. Disse o que tinha a dizer, largou as chaves de casa em cima da mesa e voltou costas.

Ainda lhe parecia impossível o que se tinha passado na sua vida desde então.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Eu sei que vivo numa cidade dinâmica mas esta merda é abuso...


Puta que pariu!!!
Tenho pena de não saber onde isto foi publicado...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

As coisas que eu leio


A "Sábado" desta semana traz uma capa interessante com um artigo um bocadinho menos interessante, mas enfim...


Depois de uma data de depoimentos de psicólogos fiquei com a mesma opinião: O que as leva a trair o marido com o melhor amigo é exactamente a mesma coisa que os leva a trair a mulher com a melhor amiga.


Começa com a semente da curiosidade, do "como seria?". Se fôr suficientemente regada cria raizes e está o caldo "entornado". Passa a obscessão. Acaba por acontecer mais tarde ou mais cedo se houver receptividade.


Já me aconteceu uma vez ou outra e de ambos os lados do assunto. Quem me lê há mais tempo sabe que já escrevi sobre uma cena dessas. Uma ou outra aconteceram mas não podem ser contadas porque não "prescreveram".


Também já estive no outro lado da "barricada". Essa não conto porque, por um lado, esta merda é o meu blog e eu só escrevo sobre o que me dá pica, e por outro nunca quis saber pormenores por isso não teria o que contar.


No entanto, no mesmo artigo vêm algumas "estatísticas" que vale a pena mencionar e comentar:



- 68% das mulheres casadas admitem que seriam capazes de ter um "affaire" se tivessem a certeza de que não seriam apanhadas.


Só????


- 45% das mulheres casadas têm relações extra conjugais.


Só restam 13%? Que pena...


- 7 em cada 100 mulheres portuguesas admitem ser infiéis (contra 16.9% dos homens).


As outras são as sonsas... (Os gajos também!!)


- 900 em cada 1000 mulheres admitem já ter pensado, em algum momento da vida, trair os maridos.


Estamos a chegar lá...


- 293 mulheres comprometidas, entre 4.884, num questionário online, admitem ter sido infiéis. O número desceu para 5 quando foram entrevistadas cara a cara.


Deve ter sido num outro grupo...


- 360 mulheres em cada 1000 não voltariam a escolher o mesmo companheiro se pudessem voltar atrás.


Pois é..., mas há aqui uma coisa que me faz confusão:


- 54% dos homens não sabem que as mulheres têm "affaires" e 50% dos homens que desconfiam que as mulheres estão a ter um caso, estão certos.


Pelas minhas contas isto rebenta a escala!! eheheh


Para terminar:


35% dos norte-americanos acham que o adultério devia ser punido como crime.


Essa merda é rancor. Emigrem para o Afeganistão!!


Portem-se mal...