terça-feira, 30 de novembro de 2010

Puta que pariu...

E nem sequer me apetece falar no assunto!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Várias coisas se costumam dizer ...

... e escrever a meu respeito.


Esta é sempre uma das minhas preferidas...


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Crónicas da "Fá" #12


A estrada do Guincho acabou quase sem dar por isso. Quando deu por si estava a chegar. O lugar escolhido, uma esplanada sobre a praia do Guincho, era um sitio bastante concorrido nas noites de Verão. Não sabia se isso a desagradara ou aliviara. Agora era só descobrir a "personagem".


Passou breves minutos que pareceram horas a tentar identificar alguém que apenas conhecia de poucas fotos e nada... Tinham combinado na esplanada, aquela hora e ninguém dos presentes correspondia à imagem que guardava.


- Estás muito formal. Vieste directamente do trabalho ou vais jantar com alguém importante?


As palavras sussurradas ao ouvido, por detrás de si fizeram-lhe perder a força nas pernas, mas não desarmou.


- Estava à procura de um "senhor" daqueles que não deixa uma senhora plantada à espera dele, mas já que ele não veio podes ser tu..., disse olhando o mar, sem se virar para trás.


Ele chegou-se o suficiente para o sentir contra si, bem como o calor no ouvido quando falou.


- Estava a observar-te... A tentar tirar uma conclusão a teu respeito. Sabes que hoje, todo o cuidado é pouco...


- Cabrão...


Virou-se e encontrou a boca com que tantas vezes fantasiara à sua espera. Foi um beijo misto de urgência e vontade de saborear. Não muito intenso mas suficientemente demorado para ambos sentirem na pele a reacção do outro.


O jantar decorreu agradável mas tenso. Depois daquele beijo não mais se tocaram. Vasco recostava-se para trás enquanto a observava atentamente. A certa altura dera-lhe a sensação de que ele evitara um contacto por debaixo da mesa. Se por um lado isso estava a desorientá-la e a deixá-la insegura, por outro, o ar atento e "guloso" com que ele a observava estava a dar-lhe tesão. Mais do que imaginara numa situação daquelas. Deu consigo a imaginá-lo a dar-lhe comida à boca como num filme que vira há muito tempo, mas na verdade, o que ele fazia era encher-lhe o copo com "eficácia".


Para o café trocaram a mesa mais resguardada por uma mais perto do mar onde já não se enfrentavam.


- Passaste o jantar todo a olhar para mim...


- Desagradou-te?


- Não...


- Estava a imaginar-te por debaixo desse vestido... Tens estado a falar de trivialidades o tempo todo. Estava a tentar perceber quando é que ias largar a capa.


- Que queres dizer com isso?


- Que acho que os últimos tempos tem sido muito mais interessantes do que me estás a contar.


- Nem por isso...


A mão mergulhou ágil por entre as pernas, vestido acima agarrando-a despudoradamente. Não sabia se corava de tesão ou por outra razão qualquer.


- Sou eu que te estou a perguntar. Desde quando tens segredos para mim?


Naquele momento sentiu-se "na mão dele". Com um movimento deitara-lhe as defesas por terra. Estava vulnerável e a adorar...


- Que queres saber?


-Tudo...



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por vezes...

...algo me traz à lembrança outros tempos.


O tempo em comecei a aprender a tocar neste meio,


O tempo em que fugia de casa, não para palcos, mas para um monte cheio de barracas, desaparecido aquando da construção da linha de comboio para a margem Sul.


Quando as banquetas eram caixas de "mini".

Quando o tocador não se chamava "Vicente" mas... "Ezequiel".


Quando eu tentava acompanhar como podia...


"Ezequiel" era para mim o melhor guitarrista do mundo. Pelo menos era o que estava a um metro e, pacientemente, me ia ensinando umas coisas.


Tive oportunidade de retribuir, mais tarde.


Depois da morte do Pai ele deixou de tocar. Pedia-me para ir a casa buscar a guitarra e passávamos momentos, sentados no muro em frente da minha casa onde eu tocava para ele...


O homem a quem os ciganos chamavam "Rei" acusava-me de lhe ter roubado as notas, enquanto as lágrimas lhe corriam pela cara abaixo...


Hoje, ao passear pelo "Youtube", isto fez-me lembrar a Alcântara na minha infância: Entre o Fado e o Flamenco...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Crónicas da Fá #11


- Bom dia, alegria ;)

- Bom dia, tesuda... Estás bem?

- Muito bem, e tu?

- Que é uma maravilha Que tens andado a fazer que não me ligas nenhuma? ;)

- Estou cheia de trabalho e ainda bem porque assim não penso muito.

- Sonsa!! :)

- ??

- E mentirosa...

- Pq dizes isso? :)

- Ainda não me contaste o fds com a tua amiga como prometeste. Estão a dar-se bem?

- Como nunca imaginei ;)

- Já a comeste..?

- Eu? Coitadinha de mim :)

- Então comeu-te ela a ti eheheh

- Doido :)

- Mentirosa!! Chiba-te!! :)

- Brincámos um bocadinho...

- ...

- ??

- Estou à espera...

- Um dia conto-te, cara a cara...

- Parece-me bem hihihihi

- Sim?

- Amanhã chego aí ao fim da tarde. Vou ficar dois dias :)

- Pode ser que arranje um bocadinho... ;)

- Sonsa!! :)

- Não sou nada...

- Vou mamar-te essa coisa boa, fazer-te vir na minha boca...

- Já não é novidade...

- Puta!! :) Vais contar-me tudo enquanto te como :)

- Mas é para me comeres ou para ficar na conversa? :)

- Logo vês ;)


Fá revia mentalmente a conversa do dia anterior enquanto conduzia pelo transito do fim da tarde para se encontrar com o "amigo". Havia mais de um ano que começara a falar com ele. Desenvolveram uma cumplicidade despreocupada pelo anonimato e pela distância. A eminência do encontro provocava-lhe um misto de pânico e tesão.