sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Passo a publicidade

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Bia 3


Quando se faz campismo selvagem sabe-se que a hora de montar a tenda é já de noite. A noite no areal é um manto protector que tudo envolve (desde que não haja luar).


Regressámos com o céu completamente tapado, e uma trovoada ao longe.


Entrámos na tenda e acomodámo-nos, embora dormir fosse naquele momento a última coisa que me passava pela cabeça. No entanto não é meu feitio “ir com muita sede ao pote”. Durante o jantar tínhamo-nos comportado como dois bons amigos e eu não tinha a certeza do que ia acontecer. Ou então estava armado em sonso, não me lembro.


Bia tinha-se virado de costas e parecia estar a dormir. Eu aproveitei para a acariciar suavemente ao longo do corpo. Ela era o tipo de pessoa ao pé de quem as minhas mãos ganham vida própria. Encostei-me um pouco a ela na perspectiva de lhe passar os lábios no pescoço exposto. Nesse preciso momento voltou-se e beijou-me. Um beijo terno mas lascivo que me envolveu. Ficámos a “namorar” por um bocado com a “tensão” a aumentar gradualmente.


A recordação do que aconteceu depois ofusca um pouco as memórias desta parte.


A trovoada tinha-se aproximado rapidamente e a luz dos relâmpagos começava a ser evidente. No entanto não chovia, parecia uma trovoada seca. Abrimos a tenda e ficámos a ver. Os meus lábios começaram a percorrer a zona do seu pescoço e ombros, a minha língua desceu pela coluna até ao “fundo das costas” que já ondulava.

A minha mão penetrou pelo espaço entre as pernas e acariciou-lhe a vulva por um bocado, aumentando a “ondulação”.


A trovoada estava cada vez mais perto. O espectáculo dos raios a cair na Serra da Arrábida (pára-raios do Outão) era hipnótico. Bia olhou para mim por um momento…


- Vamos lá para fora!


Saí da tenda e deitei-me na areia. Bia foi com a boca directamente ao sítio certo. O ambiente parecia tê-la soltado. Ou então era pressão acumulada. A sua boca absorvia em si o meu membro erecto e desejoso dela. Foi maravilhoso mas curto, porque logo de seguida “montou-me” fazendo-se penetrar. Lembro-me perfeitamente da sua expressão de prazer iluminada pela luz provocada pela tempestade.


Tudo isto estava a pôr-me doido. Ela subia e descia como que em transe. Não ousei mudar de posição. Tinha a sensação que se o fizesse ia “apanhar”.


A chuva começou-nos a cair em cima, primeiro em pequenas gotas misturando-se com o nosso suor e causando arrepios, e rapidamente com toda a intensidade.


O contacto da água fria, em vez de “acalmar”, excitou-nos. Bia ficou “doida”. Completamente encharcada fodia-me como se fosse a última coisa a fazer antes do dilúvio que nos arrastaria a ambos.


O dilúvio aconteceu, foi mútuo, mas não foi provocado pela chuva. Ficámos ambos estendidos na areia, a arfar de tamanha cavalgada, deixando que a chuva intensa que caía nos lavasse.


A trovoada passou pouco depois quase tão depressa como chegou. Ficámos na tenda, já secos a trocar carinhos até adormecermos.


No dia seguinte ficámos mais um pouco na praia e depois fizemos o caminho de volta. Enquanto caminhava lembrava-me da metamorfose operada pela trovoada naquela mulata carinhosa.


Encontrei a Bia com o Tomé no Verão seguinte, no sítio do costume. Eu estava com a minha namorada da altura. Eles tinham mudado de sitio vindo apenas de visita. Convidaram-nos para aparecer por lá. Quando me beijou em forma de despedida segredou-me:


- Vê lá se apareces mas sozinho!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Bia 2

Atravessámos o Sado de barco em direcção a Tróia que ainda não estava em obras. A pé, avançámos pela areia até deixarmos o mundo para trás.

Passámos um dia parecido com o do Meco, com a diferença de que ali, éramos só nós, o mar, e a areia. Bia estava muito mais solta. Parecia uma criança a quem deixaram brincar na rua.

A te(n)são foi aumentando e ao pôr-do-Sol já os nossos corpos se procuravam sem nos pedirem licença. Beijámo-nos como quem quer sorver o mundo através de alguém, antecipando a hora em que a escuridão nos cobrisse com o seu manto protector.

Bia olhou-me nos olhos, sorriu ao tocar levemente no meu “entusiasmo”. Os seus beijos percorreram-me o tronco na direcção do “olho do furacão”. Pequenas dentadas dadas sobre os calções eram como choques eléctricos que me percorriam o corpo. Que tortura.

Baixou-me os calções cuidadosamente e começou a beijar-me. Eram beijos quentes, com os lábios entreabertos, em que a ponta da língua percorria o meu pénis que ansiava por ela. A língua tornou-se actriz principal e percorreu o meu sexo na sua plenitude até à glande, engolindo-a...
Deixou-se ficar assim enquanto a sua mão me massajava num movimento lento, terno mas compassado. Dentro da boca, a sua língua descrevia movimentos circulares à volta da glande como que a saborear devagarinho.

Ao fim de algum tempo de loucura, já num estado de excitação incontrolável, comecei a sentir os espasmos denunciadores (nunca cheguei a ir ao neurologista por causa disto), começando a movimentar as ancas. Nesse momento, Bia engoliu o meu sexo até à base. Assim ficou, subindo e descendo, até ao momento da “erupção”.

Puxei-a para cima e juntos saboreámos na sua boca o resultado de tal fenómeno da natureza.Fi-la sentar-se no meu peito, desviei-lhe o biquini para o lado. Era a minha vez de saborear o seu âmago. Expôs perante mim um dos clitóris mais maravilhosos que me foram dados observar, e eu nunca deixo de observar “de perto” e saborear tal maravilha sempre que a vida me presenteia com essa possibilidade.

Chupei-o para dentro da minha boca, massajei-o com a língua, e ao fim de pouco tempo fui presenteado com o sabor do seu orgasmo na minha boca. Veio-se demoradamente parecendo descarregar as tensões de todo o dia naquele momento em espasmos compassados.

Ficámos uns segundos deitados na areia e decidimos ir tomar banho com o Sol que mergulhava naquele momento.

Continua…

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bia 1

Hoje vou falar da Bia. Poder-se-á perguntar porque é que escrevo quase sempre sobre memórias antigas. A verdade é que, ainda que poucas pessoas conheçam o meu blog e a mim em simultâneo, é sempre melhor falar de coisas antigas cujas pessoas são menos identificáveis. A protecção da intimidade alheia faz parte da minha maneira de estar na vida.
Porquê a Bia? Porque hoje vi na televisão, uma mulata que teve o condão de me devolver a recordação desta pessoa. Bem haja por isso. Adiante.
Verão de 1987, sítio do costume (um dia alguém é capaz de pensar que não tive vida sexual fora dali).Vou com o Paulo, companheiro de muitos e bons momentos, a passear á beira-mar e tenho uma visão retirada do “Paraíso”.
A poucos metros de nós, numa parte elevada da areia, vislumbro a tentação feita gente. Deitada em posição fetal com o ar de abandono mais sensual que já vi, está uma mulata maravilhosa. Não é hábito deste vosso nobre amigo ficar a OLHAR para alguém numa praia naturista até porque o decoro resultante da minha “formação aristocrática” não mo permite.
No entanto, não consigo alhear-me daquela visão que ameaça a minha pose “desinteressada” de nudista experiente…
Mesmo dia +/- 11.00 PM. Cheguei ao sítio onde costumávamos passar as noites. Um restaurante onde a partir de uma certa hora se tocava e cantava de uma forma expontânea e obviamente alcoolizada. Levava a minha guitarra comigo.Confidência: Acho que pelo facto de ser o habitual trovador de serviço, a vida me presenteou com algumas memórias que resultaram da visibilidade proporcionada por esse estatuto.
À porta do restaurante estava o Tomé, outro companheiro na jornada da vida que também aparecerá neste espaço com a frequência merecida. Tomé tinha uma característica. Conseguiu juntar á sua volta o grupo de pessoas mais depravado que me foi alguma vez dado conhecer.
Cumprimentei toda a gente , o grupo foi abrindo e eis que aparece no meio a minha musa cor de canela. Cumprimentei-a com o á vontade que o meu “estatuto” de membro daquele grupo me permitia mas com um prazer especial. Ela abriu um dos sorrisos mais lindos que já vi. Aquele sorriso foi a única coisa que eu “vi” naquela noite.
Ela esteve perto de mim toda a noite. Não estava permanentemente colada mas mantinha-se no meu “raio de acção”. Sentava-se á minha frente quando eu tocava… e sorria. Um sorriso franco e aberto, quase “selvagem” . A antítese do sorriso “misterioso. Aquele sorriso não tinha mistério nenhum. Havia uma reciprocidade de intenções que estava latente.
Saí para fumar um cigarro e apanhar ar. A noite ia alta e o álcool não a tornava mais fácil. Fui até ao carro que estava perto ouvir o “Morrison Hotel”, um dos meus programas de rádio favoritos. É pena que já não exista.
Não demorei cinco minutos a ter uma visita. Bia entrou-me no carro com aquele bendito sorriso. Não havia nada a dizer. Aliás tinha-se dito muito pouco em todo o processo mas mais que suficiente.

Beijou-me como se o tivesse feito toda a vida. A sua expontaneadade provocou-me uma erecção imediata. Sempre adorei mulheres com iniciativa. Não me intimida nada. O que me intimida é a dissimulação. Adiante.

Quando me passou pela cabeça agarrar-lhe na mão e "conduzi-la", já me subia pela perna dos calções acima (bendito hábito de andar sem cuecas), enquanto me olhava no fundo dos olhos.
Um novo sorriso denunciou a aparente satisfação pelo meu "estado".

Nesse momento ouviu-se a voz do Tomé a chamar por ela.

- Desculpa mas vou ter de ir. Vemo-nos amanhã na praia.

O resto da noite passou-se como se nada tivesse acontecido. Apenas Tomé esteve durante um bocado de "cara fechada" mas passou-lhe.

O dia seguinte, embora "tenso", não trouxe novos acontecimentos. Contou-me que tinha "andado" com ele uns tempos mas que já tinha acabado, embora ele não estivesse muito de acordo com isso. Aturava os ciumes dele porque não estava para abandonar o grupo por sua causa. Eu compreendia-a. Um dia falo deste grupo. Era deveras interessante.

De qualquer forma combinámos que no próximo fim-de-semana eu ia ter a Setubal e iamos passá-lo a Troia.

Continua...