quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ai a vida no campo...

Um homem entra em casa com uma ovelha nos braços. A mulher, deitada na cama, está a ler um livro.

Diz o homem:

- Olha amor esta é a vaca a que me atiro quando te doi a cabeça.

Diz a mulher:

- Se não fosses parvo verias que isso é uma ovelha não uma vaca.

O homem sorri e responde:

- E tu se não fosses tão bruta verias que estou a falar com a ovelha e não contigo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Eu a ver se me lembrava de alguma coisa respeitável e saiu-me isto...


Há dois tipos de sonhos. Aqueles de que nunca nos lembramos e os que nos perseguem depois de acordarmos, nem que seja durante um bocado. Na semana passada tive um desses. Acordei com o sorriso de Maria no pensamento, o seu sabor na boca e uma tesão enorme.


O sorriso eu já conhecia à uma dúzia de anos, o sabor devia ser fruto da minha imaginação, a tesão… era recorrente. Algo que ela sempre tinha provocado em mim.


Maria foi a primeira ama das minhas filhas, numa altura em que estávamos os dois razoavelmente bem casados. Embora tivesse existido sempre alguma formalidade, sempre senti que tínhamos um “problema de pele”. Aqueles dois beijinhos que se dão diariamente em jeito de saudação eram na maior parte das vezes pretexto para de facto sentir a pele do outro nos lábios.


O seu cheiro perturbava-me desde o princípio. A partir de certa altura, principalmente quando ia lá sozinho, passaram a ser acompanhados de um roçar de cara e um ligeiro enlaçar da cintura. Tudo isso conjugado causava-me frequentemente “embaraços”. Uma vez em que o contacto foi realmente próximo ela sentiu claramente a erecção que me provocara. Sorriu ligeiramente corada. Eu também e ambos fizemos de conta que não era nada.


Além de encontros esporádicos – ela mora perto pelo que não é difícil – passei a vê-la com mais frequência a partir do momento em que as minhas filhas mudaram para a mesma escola do filho dela. Estava divorciada e muito menos “formal”. Quando demos por isso já nos tratávamos por tu. De vez em quando tocávamo-nos “por acaso”. À pouco tempo alguém apareceu em vez dela. Uns dias depois tomei coragem para perguntar e foi-me dito que agora era o ATL que o ia buscar.


Depois deste sonho tomei coragem e liguei-lhe. Estava em casa. Não podia sair porque estava em limpezas mas eu poderia ir lá a casa tomar um café se quisesse. Nesse momento tive a sensação que ás vezes o Universo conspira a nosso favor. Podia sentir o seu cheiro, a sua pele, à medida que subia no elevador do seu prédio.


Quando me abriu a porta ficámos um bocadinho embaraçados a olhar um para o outro. Maria não é especialmente bonita mas o visual despreocupado teve a capacidade de me perturbar. As calças largas de pijama, a camisola larga em cima, deixando um ombro à mostra e o cabelo apanhado davam-lhe um ar de miúda que condizia com o seu aspecto franzino.


Desta vez o nosso comprimento foi diferente. Diferente do que costumávamos ter, principalmente à porta da escola. Pegou-me na mão e convidou-me a entrar. Eu acariciei a mão que me oferecia e ela correspondeu. Já em casa beijámo-nos meigamente na face no meio de um abracinho daqueles que provocavam os referidos embaraços. Não me preocupei em disfarçar e ela também não. Enlaçou-me com um pouco mais de força. O segundo beijo foi parar “acidentalmente” ao canto da boca. Quando nos afastámos, a minha “alegria por a ver” notava-se de longe. Ela corou ligeiramente mas sorriu.


- Vou tirar café. Tens que vir para a cozinha porque a sala está uma confusão. Então lembraste-te de me ligar…


- É verdade. Imagina que hoje sonhei contigo… Como queria saber se estavas bem…


- Deve ter sido um belo pesadelo.


Estava de costas para mim a tratar dos cafés. A roupa fina que trazia, traía a falta de alguma coisa por baixo o que me estava a deixar ainda pior. Não me conseguia esquecer do meu sonho.


Aproximei-me …


- Então foi o melhor pesadelo que já tive.


Ficou um pouco tensa. No entanto não notei retracção pelo que me aproximei um pouco mais e disse-lhe quase ao ouvido:


- Ainda não tenho a certeza de estar acordado.


Virou-se para mim. Reparei imediatamente nos mamilos por debaixo da camisola. Fiz-lhe uma festa na cara terminando com a ponta de um dedo no pescoço. A minha mão tremia. Ela arrepiou-se. Cheguei-me para ela e encostei-lhe a face. Fiquei assim por um instante enquanto inspirava o seu cheiro. Beijei-lhe o pescoço. Aquela mulher tinha a capacidade de me provocar erecções quase instantâneas. Ao encostar-me a ela beijou-me ao de leve nos lábios colaborando no contacto pélvico. Depois pareceu arrepender-se…


- O café está pronto. Açúcar?


- Por favor.


- Não me chegaste a contar o famoso sonho.


Estava sentada do outro lado da mesa da cozinha e olhava-me num misto de descontracção e expectativa mal disfarçada enquanto eu bebia o café para ganhar tempo. Ela parecia saborear o momento.


- Não foi um sonho inocente…


Estava um pouco atrapalhado e ela saboreava cada momento. Levantou-se…


- Vem para ali que eu vou continuar a arrumar enquanto me contas.


“Ali” era o quarto. Começou calmamente a apanhar roupa do chão em silêncio enquanto eu não sabia por onde começar.


- Foi um sonho dos bons?


- Foi.


- Molhado?


- Quase.


- Vieste cá para acabar o sonho, ou para ver se correspondia à realidade? Tinha pousado a roupa em cima da cama e olhava-me com ar de “demora muito?”


- Não sei mas tenciono descobrir.


Puxei-a para mim e beijei-a. Ela empurrou-me contra o armário. A porta deslizou e “entrámos” pelo armário dentro. De repente dei comigo caído, com ela por cima de mim, no meio das camisas a rir à gargalhada. Estava de braços abertos contra o fundo do armário o que lhe fazia subir a camisola. O seu peito estava completamente suspenso a um palmo da minha cara. Beijei-lhe a barriga, sentindo aquelas mamas firmes embora grandinhas a “pousar” na minha testa. Subi com a boca enquanto lhe subia um pouco a camisola com a mão aninhando um mamilo entre os dedos e o outro entre os lábios. Já não podia mais. As próprias calças estavam a magoar-me. Ela endireitou-se e puxou-me para que me levantasse.


- Tenho a certeza que no teu sonho não foi assim…


Ia levantar-lhe a camisola quando me começou a desapertar as calças aproveitando para para passar a mão ao longo do “alto” que se adivinhava o que me fez estremecer. Olhava-me com uma expressão de “desculpa lá mas agora trato eu disto antes que alguém se magoe”.


Sentou-se na cama, puxou-me para si e começou a desapertar os botões, um a um. Eu sentia que se demorasse mais um pouco ia rebentá-los. Desviou-me as cuecas e o efeito foi o daqueles bonecos com mola que saem de dentro das caixas. Olhou para mim a sorrir e começou a passar a mão para cima e para baixo fazendo-me estremecer. Eu deixava-a ir. Estava melhor que no meu sonho e só podia melhorar.


Introduziu a cabeça entre os lábios, suavemente como eu gosto, massajando-a com a língua. Interrompi-a por um momento para lhe tirar a camisola depois de ter feito “voar” a minha. Estava a ficar sem força nas pernas à medida que ela o engolia suavemente. Se aquilo se arrastasse ia acabar antes de tempo. Eu não queria isso.


Baixei-me, empurrei-a suavemente para trás e agarrei-lhe no elástico das calças. Ela levantou imediatamente o rabinho permitindo-me retirar-lhas expondo um triângulo pequenino, por cima de uns lábios carnudos que chamavam pelos meus.


A minha língua mergulhou no meio deles à procura do seu amiguinho novo. Queria saboreá-lo, mimá-lo. Estava enorme, ansioso por ela. Ela foi mazinha com ele perdendo-se pelos lábios, virilhas, interior das coxas e depois voltou para ele. Queria puxá-lo para dentro da boca e enroscar-se nele. Mas também queria enfiar-se no buraquinho que ele guardava e sentir a mescla de sabores maravilhosos que ela tanto adora.


Maria ondulava as ancas ao mesmo tempo que me agarrava pelos cabelos parecendo ter medo que eu fugisse. O entumescimento do seu grelinho anunciava um clímax que eu queria partilhar.


Finalmente larguei-lhe as ancas e endireitei-me o que fez com que imediatamente se virasse e espetasse na minha direcção um rabinho maravilhoso que eu queria mais do que tudo contra a minha pélvis. Penetrei-a rápida mas suavemente querendo sentir todo o seu interior à medida que a cabeça explorava cada centímetro daquele buraquinho maravilhoso.


Os gemidos dela ouviam-se na casa toda à medida que a penetrava cada vez mais rápido. Senti-lo todo naquela cona desconhecida que parecia querer engoli-lo pôs-me louco e viemo-nos ao mesmo tempo de uma forma que parecia que a minha cabeça ia rebentar.


Os gritos dela ouviram-se com certeza numa boa parte do prédio. Ainda bem que não foi na minha casa senão estava a “festa” montada.


Ficámos deitados, em silêncio, até que ela me disse:


~Não me chegaste a contar o teu sonho…

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lição de Marketing

Pronto, eu sei que esta já tem barbas, mas para alguém da área do Marketing, achei a conclusão algo interessante de partilhar.

Sábado à tarde o marido está em casa a ver um jogo de futebol, quando a mulher sai e volta
logo a seguir, dizendo-lhe:

- Querido, podes arranjar o meu carro? Ele parou de funcionar assim que
saiu da garagem...

- Consertar o teu carro? Estás a ver Fiat escrito na minha testa?

A mulher volta à carga:

- Então podes arranjar a porta do frigorífico? Ela não está a fechar bem...

E ele respondeu:

- Arranjar a porta do frigorífico? Estás a ver Siemens escrito na minha testa?

- Está bem - disse ela. Então podes pelo menos trocar a lâmpada da porta da
frente? Ela está queimada há semanas.

E o marido:

- Trocar a lâmpada da porta da frente? Estás a ver Philipps escrito na
minha testa? Eu não te aguento mais! Vou para o bar beber umas cervejas!

Assim fez e bebeu durante algumas horas. Entretanto, começou a sentir-se
culpado pela forma como tinha tratado a mulher e decidiu voltar para casa
e ajudá-la. Ao chegar a casa viu que o carro já estava na garagem e a luz
da porta de entrada já funcionava.

Dirigiu-se ao frigorífico em busca de uma cerveja e percebeu que a porta
do mesmo também tinha sido arranjada.

- Querida - perguntou ele - como é que todas estas coisas foram arranjadas?

E ela respondeu:

- Bem, quando tu saíste, eu sentei-me lá fora e estava a chorar. Então,
apareceu um jovem muito simpático, que me perguntou o que é que me tinha
acontecido e eu contei-lhe. Ele ofereceu-se para arranjar tudo, e eu só
tinha que escolher entre ir para a cama com ele ou fazer-lhe um bolo.

O marido disse:

- Então, que tipo de bolo é que lhe fizeste, meu amor?

Ao que ela respondeu:

- Helloooooooo! Tu estás a ver 'DANCAKE' escrito na minha testa?

Moral da história:

Marca que não dá assistência ... Abre espaço à concorrência.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ups (3)

Tentou não dar a entender o embaraço provocado pela pergunta, feita de uma forma tão natural que a tornava ainda mais provocatória. Resolveu entrar no jogo.

- O que a levou a pensar que qualquer das conversas tivesse assim tanto interesse?

- ... Às vezes, num homem... o interesse é visivel...

- Entendo.

- Não me leve a mal. Não tenho nada contra. Pelo contrário.

- Pelo contrário?

- Costumo ter conversas dessas, exactamente da mesma forma... acho que hoje em dia é normal...

- Você é casada?

- Isso é importante? As pessoas quando casam não morrem.

- Claro...

- Sou casada mas não sou cega e acredite que há pouco vi perfeitamente...

- Não foi minha intenção. Peço desculpa.

- Porquê? Não o tomei como falta de respeito, simplesmente apareci na altura errada.

- ...

- Até acabou por ser giro.

- Giro?

- Às vezes é bom perceber que por detrás do profissional sério está apenas uma pessoa normal.

- Muitissimo normal...

- Pois. Nunca lhe apetece ser menos formal?

- Às vezes sim, mas tenho medo de acabar por misturar as coisas. Por vezes apetece-me conhecê-los melhor, falar mais sobre mim.

- Porque é que não o faz?

- Se calhar por falta de oportunidade. O ambiente de trabalho não convida muito...

- Desculpe-me a sinceridade, mas para falar na net já não há problema?

- É um escape.

- Quer falar-me dessas conversas?

- Estamos quase a chegar.

- Podemos parar pelo caminho, não tenho pressa.

- Só se me falar das suas.

Virou à direita e seguiu pelo Monsanto até parar num sitio discreto embora não demasiado afastado do mundo. No escuro do carro, apenas a luz avermelhada do rádio e o Dexter Gordon em fundo.Interrogou-se por um momento sobre o que estaria ali a fazer com uma miuda com metade da idade dele, num carro, no meio do Monsanto, quando devia era estar a caminho de casa.

A provocação da amiga devorava-o.

A sua postura timida estava a surtir o efeito esperado. Ela sentia-se no controle da situação, qual peixe no anzol que apesar de correr de um lado para o outro se vai aproximando inexorávelmente da praia.

- Não tem o marido à espera?

- Se o conheço nem deve vir jantar a casa. Hoje há futebol. E você?

- Tudo bem. O que lhe desperta curiosidade em mim?

- Podia perguntar-lhe a idade e o signo mas neste momento interessa-me mais saber o que lhe estava a provocar aquele inchaço nas calças.

- Tive duas conversas. Falamos da primeira e depois conta-me uma das suas. Então falamos da segunda.

- Muito bem. Começa você então.

- Estava a falar com uma amiga... como se chama agora... colorida.

- Ela estava onde?

- Em casa.

- O que é que ela lhe estava a dizer?

- Como gostava de me chupar...

- Humm... Interessante. Já o fez?

- Já.

- Ela fá-lo bem?

- Muito bem. Como vê não era nada do outro mundo.

- Para si era de certeza. Estava com uma tesão enorme.

- Obviamente. Parecia que a sentia a fazê-lo. agora conta-me uma sua?

A conversa estava a subir de interesse e, obviamente, a excitá-los. Ela mudou de posição ficando a olhá-lo nos olhos.

- Há uma pessoa que não conheço, nunca lhe vi a cara ...

- Já o ouviu?

- Sim. Não me interrompa senão perco o fio à meada.

- ...

- Disse-me para me tocar, quando estávamos em reunião...

- Na sala de reuniões?

- Exactamente. Não me vai despedir pois não?

- Continue.

- Disse-me para olhar nos olhos de alguém que me desse tesão quando me estivesse a vir.

- Fê-lo?

- Sim. Disse-me também para, a seguir, ir à casa de banho e tirar uma foto dela, ainda toda molhada e lha mandar.

- Fê-lo?

- Fiz. Acha-me louca?

- Não. Você fica linda quando se está a vir. Foi nos meus olhos que olhou, não foi?

- Foi... Sabia? Como...

Tirou o telemóvel, procurou uma foto, mostrou-lha.

- Não acredito...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ups... (2)

Na verdade ela morava quase em caminho. A oferta de uma boleia foi prontamente aceite.

Teria ele notado um entusiasmo mal reprimido? Voltou ao gabinete, uma vez que ela ainda ia demorar uns cinco minutos.

- Ainda estás aí?

- Estou... Já era para me ter ido embora mas surgiu um "imprevisto".

- Então?

- Lembras-te da vendedora que há pouco veio aqui ao gabinete?

- Sim.

- Vou dar-lhe uma boleia. Estou à espera que se despache.

- O que é que lhe vais dar? eheheh

- Boleia! Não compliques...

- Dá-lhe mas é uma foda para além da boleia.

- Tinha muita graça...

- Por acaso tinha. Sua excelência o sonso que não mistura as coisas a foder uma estagiária. eheheh

- Apetecia-me era foder-te a ti.

- Não desvies a conversa.

- Tenho que perguntar ao outro o que é que ele acha disso. Tá na sala. Queres que lá vá?

- Não te incomodes.

- Meu querido. Essa menina à pouco apanhou-te de pau feito. Pelos vistos achou interessante. Só não a fodes se não quiseres, ou por falta de competência.

- As tuas provocações dão-me tesão...

- Melhor ainda. Quero que penses em mim enquanto a comes.

- Não sejas parva! Já tenho idade para ter juizo.

- E ela? De repente pode estar-lhe a apetecer um "paizinho".

A provocação da amiga estava a resultar. Começava a sentir o "amigo" a latejar novamente. A porta entreabriu-se... ela estava pronta para sair. Ficou um pouco atrapalhado enquanto, finalmente, desligava o computador.

Dirigiram-se para o elevador em silêncio. A conversa com a amiga tinha despertado nele, pelo menos o sentimento de dúvida. Inadevertidamente deu por si a observá-la. Ela tinha-se colocado à sua frente no elevador. Podia observá-la impunemente. Teria sido de propósito?

Acomodara-se no carro, em silêncio. Preparava-se para abandonar o parque quando ela...

- Espero não ter interrompido nada...

- Quando?

- De ambas as vezes. Esta conversa estava a ser tão interessante como a outra?

Ups!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ups...

A ciber-conversa estava ao rubro. Há algum tempo tinha descoberto mais este entre os prazeres da vida.

Este deixava-o completamente "descomposto". O seu membro completamente teso parecia querer sair das calças, forçando os "boxers" e as calças do fato como um mastro de bandeira querendo desfraldar-se e esvoaçar ao vento. Por sua vontade já estaria a masturbar-se. Em vez disso escrevia coisas como:

- Como gostas de mamá-lo?

- Gosto de xuxar a cabecinha com a ponta dos lábios...

Sentia que este tipo de conversa destoava da formalidade do gabinete mas isso só lhe alimentava mais a tesão. A espaços recostava-se na cadeira e passava a mão ao longo do pénis, provocando pequenos espasmos de prazer. Ouve alguém a bater à porta do gabinete que tinha tido o cuidado de trancar. Dá um salto e corre para a abrir.

- Faça favor. Esta fechadura, de vez em quando tranca-se... Estava aí há muito tempo?

- Tinha acabado de bater, preciso da sua opinião... nesta proposta...

Os olhos dela cravaram-se no inchaço das calças que teimava em não baixar. "Correu" para trás da secretária para se esconder. Conseguiu articular a conversa calmamente.
O odor da colega, vinte e poucos anos mais nova, ajudado pelo decote que se tornava mais generoso de cada vez que ela se debruçava na sua direcção, não ajudavam nada à acalmia. Por fim lá se foi embora com um sorriso maroto que ele fingiu não notar, nem quando ela se voltou para trás e o olhou nos olhos enquanto abria a porta.

- Quer que a deixe trancada?

- Não vale a pena, muito obrigado.

Esperou que ela se afastasse e foi trancá-la.

- Estás aí?

- Estou a gelar.

- Grande bandeira...

- Então? Que foi?

- Apareceu aqui uma vendedora das novas e eu com um inchaço do pior.

- Ela viu?

- Quase de certeza.

- Não aproveitou? Parva!

- Não dou margem para isso, aliás, acho que ela também não estava para aí virada. Estávamos afalar de quê?

- eheheh!!

- Por este andar vou até casa neste estado

Mentira descaradamente. Os anos ensinaram-lhe o efeito que a visão de um homem de "pau feito" tem nas mulheres. Ou desatinam ou... atinam. Esta não tinha desatinado...

A conversa continuou animadissima pelo resto da tarde. Quando saiu do gabinete doiam-lhe os testiculos, quase a rebentar. Dirigiu-se à copa para um último copo de água antes de sair. Estava a precisar. A "colega" estava a tirar um café e deitou-lhe um sorriso cumplice.

- Tiro dois?

- Já agora sim, por favor. Aquele assunto de hà pouco? Correu bem?

- Qual? Ah a proposta...

Não pode deixar de ficar embaraçado com a lata da miuda. Percebeu perfeitamente a ironia.

- Já seguiu. Vamos ver no que dá. Provavelmente vão marcar nova reunião. Acha que será possível acompanhar-me?

- Tenho confiança em sí, mas se achar que é melhor diga-me que agendamos.

- Já viu o que chove? E eu sem carro...

Ups...